A importância do sono para a saúde
mental
O sono é definido como um
estado de inconsciência no qual a pessoa pode ser despertada por vários estímulos,
ao contrário do coma que é o sono profundo induzido. Durante uma noite uma
pessoa passa por dois tipos de sono, são chamados de (1) sono de ondas lentas e
(2) que é o sono de movimentos rápidos dos olhos (REM, rapid eye movements). As ondas cerebrais no cérebro durante o sono
são irregulares se olharmos um EEG, elas se classificam em ondas alfa, beta,
teta e delta. (GUYTON; HALL, 2007).
Devido
às crescentes mudanças econômicas, demográficas e nos processos tecnológicos,
surge à necessidade cada vez mais de uma sociedade 24 horas, sete dias por
semana, que depende de um grande número de profissionais trabalhando durante a
noite, sem interrupções.
“O
sono é um estado regular, recorrente e facilmente reversível do organismo
caracterizado por uma relativa quietude e grande elevação do limiar de
respostas a estímulos externos, em comparação com o estado de vigília”.
(KAPLAN; SADOCK, 1997. p. 807).
O
ciclo sono-vigília é estado paradoxo, onde o sono proporciona a reconstrução de
reservas energéticas, para que as mesmas sejam gastas durante a vigília. O sono
tem uma importância fundamental para controle do estresse e qualidade de vida
em todas as profissões o descanso após uma rotina de trabalhos é fundamental,
Ferrareze; Ferreira e Carvalho (2006), afirmam
que alguns profissionais da enfermagem não conseguem se desligar do trabalho,
criando em seu subconsciente uma espécie de “prontidão paranóide”, o que
atrapalha o descanso dos mesmos.
O sono causa dois tipos principais de efeitos
fisiológicos: primeiro efeitos sobre o próprio sistema nervoso, segundo,
efeitos sobre outras estruturas ao corpo. O primeiro destes parece ser, de
longe o mais importante porque qualquer pessoa que tenha a medula espinhal
secionada ao nível do pescoço não mostra efeitos nocivos no corpo abaixo do
nível da transeção que possam ser atribuídos a um ciclo de sono-vigília; isto é
a falta deste ciclo sono-vigília no sistema nervoso, em qualquer ponto abaixo
do cérebro, não causa dano aos órgãos corporais nem qualquer função perturbada.
Por outro lado a falta de sono afeta as funções do sistema nervoso central. (
GUYTON; HALL, 2007, p.687.)
Para
uma pessoa realmente obter o descanso ela precisa passar por todos os estágios do
sono, as pessoas oscilam seqüencialmente por esses estágios: 1, 2, 3, 4, 3, 2, 1,
2, 3, 4, 3, 2, 1 e assim por diante, inicialmente, passamos pelo estágio 1 até
chegar ao sono profundo que é o estágio 4. Há dois tipos distintos de sono: NREM
(“non-rem” ou não-rem), que há os 4 estágios do sono e o sono REM que significa movimento rápido dos olhos,
no sono REM as pessoas ficam no estágio 1. ( DAVIDOFF, 2001)
Dietoterapia e exercícios físicos
Uma alimentação adequada favorece a
qualidade de vida de um individuo, na classe da enfermagem a rotina de mais de
um trabalho e as inúmeras responsabilidades faz com que o profissional se
alimente mal ou às vezes até deixa de se alimentar, promovendo um fator
estressor.
Como a depressão é uma alteração nos
neurotransmissores de serotonina e noradrenalina, a alimentação para reverter
esse processo segundo Monteiro; Campos e Ornelas
(2000) deve conter as vitaminas B12 (cobalaminas) e B9 (ácido fólico) que são essenciais para a fabricação de diversos
neurotransmissores e atuam como modulares dos sistemas neurológico e hormonal.
Entre as principais fontes de vitamina
B9 podemos citar a gema de ovo, o linho, o sumo de laranja e o pão de trigo
integral, e os alimentos ricos em vitamina B12 são: batata, ovos, peixes, e principalmente
a carne vermelha, de acordo Bodinski (1993) através da dietoterapia o cliente
pode ter uma neurotransmissão mais adequada, pois os neurotransmissores acetilcolina,
dopamina, serotonina e norepinefrina são aminoácidos derivados de aminoácidos.
O
exercício estimula a secreção de endorfinas, que causam sensação de bem-estar,
além disso, melhora a circulação e a oxigenação do cérebro e tem efeitos
indiretos em sintomas ligados à depressão, como a qualidade do sono. (BAUER;
WHYBROW, 2009).
De acordo com Nieman (1999), a parte do cérebro que nos permite fazer exercícios; o
córtex está localizado somente e alguns milímetros da parte da região cerebral
que controla o pensamento e os sentimentos, portanto o exercício físico
estimula o córtex motor promovendo efeitos paralelos sobre a cognição, a emoção
e o estado psicológico do indivíduo.
Silverthorn (2003) refere à importância
do exercício para a diminuição do estresse, depressão e outros parâmetros
psicológicos, os exercícios físicos feitos regularmente recuperam a saúde
muscular e cerebral e também tem efeitos sobre parâmetros biológicos, tais como
distúrbios do neurotransmissor monoamina, reduzindo a depressão e promovendo a
integração social, outro fator que pode ter um papel na redução do estresse.