quarta-feira, 29 de abril de 2020

CUIDADOS COM A DVE

A Derivação Ventricular Externa é de suma importância nos cuidados à pacientes acometidos por emergências neurológicas, possibilitando a mensuração da pressão intracraniana (PIC), da pressão de perfusão cerebral (PPC) e o desvio do líquido cefalorraquidiano (LCR).

CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A DVE
  • Mantenha o paciente em decúbito elevado a 30º
  • Avalie o nível de consciência
  • Mantenha o sistema nivelado com o conduto auditivo externo do paciente – corresponde a uma altura de 10 a 15 cm de H2O na coluna de medida da Pressão Intracraniana (PIC); mantenha a altura de acordo com a orientação da equipe de neurocirurgia
  • Verifique o “zero” do sistema de drenagem utilizando como referência o meato auditivo externo e o orifício da câmara de gotejamento da bolsa de drenagem
  • Não eleve ou abaixe a cabeceira do leito sem fechar o sistema de drenagem, evitando o risco de drenagem excessiva de líquor que pode desencadear alteração da PIC, tontura, crise convulsiva; não esqueça de abrir o sistema após os procedimentos
  • Inspecione o local de inserção do cateter com frequência, anotando as características do sítio operatório
  • Anote o volume, aspecto e coloração da drenagem (LCR) a cada duas horas; se houver alterações no débito e sinais de infecção: alteração da coloração, febre, cefaleia, tremores, rebaixamento do nível de consciência, leucocitose, rigidez de nuca, episódios de vômitos, comunique a equipe médica
  • Observe se há presença de movimentos involuntários como convulsões, espasmos ou resposta inadequada da função motora (decorticação ou descerebração)
  • Manipule cautelosamente o paciente para evitar o tracionamento do cateter; se houver tração, não tente reposicionar: avise imediatamente a equipe de neurocirurgia
  • Fique atento para obstruções no cateter; caso ocorra obstrução, não tente desobstruir aspirando ou injetando solução no cateter; notifique a equipe médica
  • Troque o curativo (local da inserção do cateter) diariamente e quando se fizer necessário
  • Observe se há sinais de extravasamento de líquor ao redor do cateter
  • Despreze a bolsa coletora quando atingir 2/3 de sua capacidade, com técnica asséptica
  • Registrar o tempo de permanência do cateter (permanência de até 14 dias)

DENGUE