EXISTEM VÁRIAS PÁGINAS EXPLICANDO TODA A TÉCNICA DO CATETERISMO VESICAL QUE É UMA FUNÇÃO DO ENFERMEIRO GRADUADO E QUE REQUER UMA TÉCNICA ESTÉRIL..
TAMANHO DA SONDA FOLEY: 12/ 16 ADULTOS. E 10/12 EM CRIANÇAS, tubo de látex, poliuretano ou silicone
FIXAÇÃO DA SONDA: HOMENS: região supra-púbica, MULHERES: face interna da coxa
Algumas considerações:
- Para encher o balão de fixação usa-se somente água destilada
- Quando ocorrer alguma falha na técnica asséptica, trocar todo o sistema
- Cateter de látex não podem permanecer mais de 3 semanas no paciente, já o cateter de silicone ou teflon podem durar até 3 meses
- A antissepsia na sondagem vesical se inicia sempre do meato uretral para as periferias, como em tudo da enfermagem limpar o local menos contaminado para o mais contaminado
- Posição no homem é de decúbito dorsal e na mulher é a posição ginecológica
- Os pacientes com sonda vesical de demora devem fazer uma injesta de no mínimo 2.500 ml de água por dia
Algumas terminologias:
- Oliguria: volume de urina menor que 400 ml nas 24 hs
- Disuria: dor ao urinar
- Polaciuria: urinar várias vezes, vontade frequente
- Poliuria: grande volume de urina
- Anuria: ausência total de urina inferior a 100 ml
- Hematúria: urina com sangue.
- Nictúria: micções freqüentes noturnas
EXISTEM DOIS TIPOS DE CATETERISMO:
- De alívio: Quando há a retirada da sonda após o esvaziamento vesical;
- De demora: Quando há necessidade de permanência da mesma. Na sondagem de demora, a bexiga não se enche nem se contrai para seu esvaziamento, perdendo, com o passar do tempo um pouco de sua tonicidade, levando a incapacidade de contração muscular;
QUAIS AS INDICAÇÕES DE CATETERISMO VESICAL?
- Obtenção de urina asséptica para exame;
- Esvaziar a bexiga de pacientes com retenção urinária, em preparo cirúrgico e mesmo no pós-operatório;
- perda de sangue pela urina
- Administração de medicamentos direto da bexiga
- Monitorizar o débito urinário horário;
- Determinação da urina residual com bexiga neurogênica que não possua um controle esfincteriano;
MATERIAL:
01 Par de luvas esterilizada, 01 sonda vesical de alívio ou sonda vesical de demora (SVD) , 01 tudo de Xylocaína geléia estéril (uso único), 02 seringas de 20 ml, 01 agulha (40X12) 01 bandeja para cateterismo, 01 campo esterilizado, 02 ampolas de água destilada, 01 coletor de urina sistema fechado (se SVD), 03 pacotes de gaze, material para higiene íntima, micropore, 01 toalha, solução de antissepsia padronizada no hospital , 01 saco de lixo, 01 carrinho de curativo (se necessário).
TÉCNICA EM HOMENS
- Promover privacidade;
- Colocar o cliente em decúbito dorsal horizontal;
- Realizar a higiene íntima com água e sabão;
- Abrir os materiais sobre o campo esterilizado, utilizando técnica asséptica;
- Colocar a solução antisséptica na cúpula
- Calçar luvas estéreis;
- Conectar sistema fechado e aspirar da ampola a água destilada utilizando a seringa, testar o balonete, respeitando o volume indicado na sonda;
- Colocar Xylocaína geléia estéril na seringa de 20 ml , com auxílio do colega de trabalho e depositá-la no campo;
- Com a mão não dominante, afastar o prepúcio, expondo a glande e o meato urinário, com ajuda de uma gaze;
- Com a mão dominante, fazer a antissepsia com a solução antisséptica e movimentos unidirecionais;
- Tracionar o pênis perpendicularmente ao corpo;
- Injetar 20 ml de Xylocaína geléia no meato urinário, com a mão dominante;
- Introduzir a sonda pela uretra, sem forçar, até a saída da urina, (para SVD insulflar o balão com água destilada conforme indicação de volume marcado na sonda) ;
- Fixar a sonda com micropore na região supra-púbica em caso de SVD;
- Retirar a sonda após esvaziamento da bexiga, se sondagem de alívio ( se SVD, mantê-la);
- Mensurar débito;
- Deixar o ambiente em ordem.
- Deixar o cliente confortável e com a campainha ao seu alcance.
- PÓS – EXECUÇÃO
- Manter coletor abaixo do nível da bexiga;
- Desprezar o material utilizado no expurgo;
- Lavar as mãos;
- Realizar as anotações necessárias.
LEMBRE-SE : QUE A URETRA MASCULINA É BEM MAIOR QUE A FEMININA, PASSAR A SONDA COM POUCO ANESTÉSICO LOCAL É TORTURA, PODE COLOCAR ATÉ 10 ML DE LIDOCAÍNA NO CANAL DA URETRA, E AGUARDAR UM POUCO FAZER EFEITO ANTES DE INTRODUZIR A SONDA.
TÉCNICA EM MULHERES:
O MATERIAL É O MESMO PORÉM NA MULHER USA-SE APENAS 1 SERINGA DE 20ML.
TÉCNICA EM MULHERES:
O MATERIAL É O MESMO PORÉM NA MULHER USA-SE APENAS 1 SERINGA DE 20ML.
- Realizar higiene íntima na paciente, exceto se ela já tiver tomado banho. Posicioná-la confortavelmente e preservar sua privacidade, fechando o quarto ou utilizando biombos.
- Colocar o recipiente para os resíduos em local acessível.
- Calçar luva de procedimento para avaliar trauma uretral, considerando a necessidade de tricotomia prévia.
- Descartar as luvas de procedimento e lavar as mãos conforme o protocolo.
- Abrir a bandeja de cateterismo usando a técnica asséptica.
- Colocar a paciente em posição de decúbito dorsal: os joelhos flexionados, os pés sobre o leito mantendo os joelhos afastados (posição ginecológica).
- Calçar as luvas estéreis e, a seguir sob o campo estéril, deve-se fazer o teste para avaliar a integridade do balão da sonda, insuflando-se ar com a seringa e desinsuflando em seguida.
- Separar, com uma das mãos, os pequenos lábios de modo que o meato uretral seja visualizado; mantendo-os afastados, até que o cateterismo termine. Atentar para o ponto que a mão que toca a genitália não tocará na sonda.
- Realizar antissepsia da região perineal, com movimentos únicos, utilizando gaze estéril embebida com clorexidina ou iodopolividona, não alcoólicos, estéril e o auxílio da pinça Cheron: primeiro, horizontalmente, do meato até o monte de Vênus. A seguir, verticalmente do meato até final da comissura labial posterior, inicialmente sobre grandes lábios, após entre grandes e pequenos lábios. Por último, em movimentos circulares sobre o meato, de dentro para fora.
- Após antissepsia, proceder a colocação de campo fenestrado estéril e novo afastamento dos grandes lábios. As etapas seguintes são a aplicação do anestésico, no meato, situado abaixo do clitóris, na linha média, e a sondagem vesical.
- Ainda sob o campo estéril, conectar a sonda vesical com o sistema de coletor para então lubrificar bem a sonda com o anestésico tópico prescrito.
- Introduzir a sonda pré-conectada a um coletor de drenagem de sistema fechado, bem lubrificada por 5 cm a 7 cm no meato uretral, utilizando técnica asséptica estrita. Quando a urina não aparecer, verificar se a sonda não está na vagina. Se erroneamente posicionada, deixar a sonda na vagina como um marco indicando onde não inserir e introduzir outra sonda.
- Insuflar o balonete com água destilada (aproximadamente 10 ml), certificando-se de que a sonda está drenando adequadamente.
- Tracionar suavemente a sonda até sentir resistência.
- Fixar a sonda de demora, prendendo-a juntamente com o equipo de drenagem, na face interna da coxa com esparadrapo do tipo antialérgico.
- Secar a área e manter a paciente confortável.
- Lavar as mãos.
- Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar.
- Manter o ambiente da paciente em ordem.