2.1.2 O Sistema límbico
O
Tronco cerebral, área pré-frontal, sistema límbico, tálamo e hipotálamo são as
áreas encefálicas relacionadas com as emoções e suas expressões. Segundo Lafer
e Filho (1999) o sistema límbico é a parte do cérebro que controla as emoções, é uma região constituída de neurônios, células que formam uma massa cinzenta denominada de lobo
límbico.
O hipotálamo tem comunicação com todos os níveis do
sistema límbico, ele representa menos de 1% da massa cerebral e é uma das mais
importantes vias de saída de controle desse sistema. A palavra límbico
significa “marginal”e significa todo circuito neuronal que controla o
comportamento emocional e os impulsos motivacionais.
O córtex cerebral conforme Davidoff (2001) está envolvido na identificação, avaliação e tomada de
decisão sobre dados sensoriais e comportamento subsequente. Ao processar
informações de sensações emocionais o córtex comunica- se com o hipotálamo de
uma série de centros do sistema límbico, além do hipotálamo também existem o
septo e a amígdala, essas regiões trabalham em conjunto para regular as emoções
e motivação.
O sistema límbico de acordo com Silva (1998) está relacionado com a regulação
dos processos emocionais, do SNA e com a memória recente. Através de conexões
com o tronco cerebral, hipotálamo e com a área pré-frontal, o sistema límbico é
o principal regulador dos processos emocionais, participando ativamente nos
processos motivacionais primários, como a fome, a sede e o sexo. A satisfação
desses processos motivacionais primários provoca a estimulação de áreas
relacionadas com o prazer, como a área septal do sistema límbico e algumas
regiões do hipotálamo.
Durante
muito tempo, acreditou-se que os fenômenos emocionais estavam na dependência de
todo o cérebro. Sabe-se hoje que as áreas relacionadas com os processos
emocionais ocupam territórios bastante grandes do encéfalo, destacando-se entre
elas o hipotálamo, a área pré-frontal e o sistema límbico. (TREPEL, 2005)
As
áreas encefálicas ligadas ao comportamento emocional também controlam o sistema
nervoso autônomo, o que é fácil de entender, tendo em vista a importância da
participação desse sistema na expressão das emoções, está localizado entre a medula e o diencéfalo,
situando-se ventralmente ao cerebelo na constituição do tronco encefálico
entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras. (MACHADO, 2006).
Na
constituição do tronco encefálico entram corpos de neurônios que se agrupam em
núcleos e fibras, o
tronco encefálico é responsável pelas reações emocionais.
Os núcleos dos nervos cranianos (viscerais e somáticos) e centros viscerais (respiratórios
e vasomotores) são estruturas do tronco encefálico cuja ativação é feita por
impulsos nervosos de origem telencefálica e diencefálica, durante estados
emocionais, conforme, as
diversas vias descendentes que atravessam ou se originam no tronco encefálico
vão ativar os neurônios medulares, permitindo as manifestações periféricas dos
fenômenos emocionais (comportamento emocional).
(BRUNNER; SUDDART, 2005).
Segundo
Machado (2006) maioria das fibras monoaminérgicas que se originam no tronco
encefálico, as vias seretominérgicas, noradrenérgicas e dopaminérgicas, que se
projetam para o diencéfalo e telencéfalo, são as principais que exercem ação
moduladora sobre os neurônios e circuitos nervosos das principais áreas do
diencéfalo que se relacionam com o comportamento emocional. Entre essas, é
importante realçar a via dopaminérgica mesolímbica, que se projeta por áreas
específicas, altamente relevantes à regulação dos fenômenos emocionais, como o
sistema límbico e a área pré-frontal.
O
sistema límbico tem influência na depressão, pois quando ele está hiperativo o sujeito é afetado por sentimentos
de negatividade e depressão, isso ocorre porque o sistema límbico profundo
armazena todas as lembranças carregadas de emoções boas ou ruins que o
indivíduo vivenciou durante toda a vida, e se esse sistema está hiperativo a
pessoa tende a interpretar eventos neutros ou até mesmo os eventos positivos
através de um filtro negativo. (KAPLAN; SADOCK, 1997).