domingo, 8 de setembro de 2019

SISTEMA LÍMBICO (EMOCIONAL)


2.1.2 O Sistema límbico
O Tronco cerebral, área pré-frontal, sistema límbico, tálamo e hipotálamo são as áreas encefálicas relacionadas com as emoções e suas expressões. Segundo Lafer e Filho (1999) o sistema límbico é a parte do cérebro que controla as emoções, é uma região constituída de neurônios, células que formam uma massa cinzenta denominada de lobo límbico.
O hipotálamo tem comunicação com todos os níveis do sistema límbico, ele representa menos de 1% da massa cerebral e é uma das mais importantes vias de saída de controle desse sistema. A palavra límbico significa “marginal”e significa todo circuito neuronal que controla o comportamento emocional e os impulsos motivacionais.
O córtex cerebral conforme Davidoff (2001) está envolvido na identificação, avaliação e tomada de decisão sobre dados sensoriais e comportamento subsequente. Ao processar informações de sensações emocionais o córtex comunica- se com o hipotálamo de uma série de centros do sistema límbico, além do hipotálamo também existem o septo e a amígdala, essas regiões trabalham em conjunto para regular as emoções e motivação.
O sistema límbico de acordo com Silva (1998) está relacionado com a regulação dos processos emocionais, do SNA e com a memória recente. Através de conexões com o tronco cerebral, hipotálamo e com a área pré-frontal, o sistema límbico é o principal regulador dos processos emocionais, participando ativamente nos processos motivacionais primários, como a fome, a sede e o sexo. A satisfação desses processos motivacionais primários provoca a estimulação de áreas relacionadas com o prazer, como a área septal do sistema límbico e algumas regiões do hipotálamo.
Durante muito tempo, acreditou-se que os fenômenos emocionais estavam na dependência de todo o cérebro. Sabe-se hoje que as áreas relacionadas com os processos emocionais ocupam territórios bastante grandes do encéfalo, destacando-se entre elas o hipotálamo, a área pré-frontal e o sistema límbico. (TREPEL, 2005)
As áreas encefálicas ligadas ao comportamento emocional também controlam o sistema nervoso autônomo, o que é fácil de entender, tendo em vista a importância da participação desse sistema na expressão das emoções, está localizado entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo na constituição do tronco encefálico entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras. (MACHADO, 2006).
Na constituição do tronco encefálico entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras, o tronco encefálico é responsável pelas reações emocionais. Os núcleos dos nervos cranianos (viscerais e somáticos) e centros viscerais (respiratórios e vasomotores) são estruturas do tronco encefálico cuja ativação é feita por impulsos nervosos de origem telencefálica e diencefálica, durante estados emocionais, conforme, as diversas vias descendentes que atravessam ou se originam no tronco encefálico vão ativar os neurônios medulares, permitindo as manifestações periféricas dos fenômenos emocionais (comportamento emocional). (BRUNNER; SUDDART, 2005).
Segundo Machado (2006) maioria das fibras monoaminérgicas que se originam no tronco encefálico, as vias seretominérgicas, noradrenérgicas e dopaminérgicas, que se projetam para o diencéfalo e telencéfalo, são as principais que exercem ação moduladora sobre os neurônios e circuitos nervosos das principais áreas do diencéfalo que se relacionam com o comportamento emocional. Entre essas, é importante realçar a via dopaminérgica mesolímbica, que se projeta por áreas específicas, altamente relevantes à regulação dos fenômenos emocionais, como o sistema límbico e a área pré-frontal.
O sistema límbico tem influência na depressão, pois quando ele está  hiperativo o sujeito é afetado por sentimentos de negatividade e depressão, isso ocorre porque o sistema límbico profundo armazena todas as lembranças carregadas de emoções boas ou ruins que o indivíduo vivenciou durante toda a vida, e se esse sistema está hiperativo a pessoa tende a interpretar eventos neutros ou até mesmo os eventos positivos através de um filtro negativo. (KAPLAN; SADOCK, 1997).

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