O
mundo atual vive em constantes mudanças devido à diversos fatores sociais ,econômicos
e tecnológicos, essas transformações mudaram os hábitos das pessoas fazendo com
que elas busquem com mais rapidez essa evolução, esse capitalismo moderno
trouxe às pessoas principalmente dos grandes centros urbanos, novos problemas
físicos e principalmente psicológicos aumentando as psicoses e neuroses.
A
ansiedade, angústia, o medo da violência e a insegurança pelo futuro faz com
que os habitantes principalmente das
grandes cidades sofram de distúrbios diversos, onde predominam os transtornos
emocionais, dizem os especialistas que o século XXI é o século das
doenças emocionais, nunca se viveu na história um número tão grande de pessoas
sofrendo de depressão como vemos nos dias atuais e também transtornos de
ansiedade e pânico. (PADOVAN; JOCA E GUIMARÃES, 2003).
A
depressão consiste em um distúrbio de humor persistente, com no mínimo duas
semanas de evolução, caracterizada necessariamente por humor depressivo (imenso
de tristeza desesperança, vazio e desamparo ) e/ou perda de interesse ou prazer,
associados de culpa excessiva e desvalia, alterações no apetite e peso, insônia
predominante ou hiperinsônia, fadiga ou perda de energia, retardo ou agitação
psicomotora, diminuição no desempenho sexual, pensamentos sobre morte com ou
sem tentativas de suicídio. (WANNMACHER, 2004 )
A
causa exata da depressão ainda é desconhecida, porém à várias pesquisas que
indicam que alguns fatores estressores contribuem para que ela se manifeste, tais
como, morte de pessoas queridas, términos
de relacionamentos, doenças terminais, período pós parto, excesso de trabalho,
trabalho em ambiente constante de estresse etc. A depressão é uma doença
complexa que afeta corpo e mente e manifesta-se por sintomas emocionais e
físicos, ela também tem causas multifatoriais, fatores genéticos, biológicos e
ambientais, psicossociais e também é conhecida como Transtorno
Depressivo Maior (TDM) que caracteriza-se por sinais que interferem na
habilidade para trabalhar, estudar, comer, dormir e apreciar atividades antes
agradáveis. O TDM é uma das formas de depressão porém essa psicopatologia pode
ser também classificada como depressão crônica (distimia), depressão atípica,
depressão pós parto etc. (KAPLAN; SADOCK, 1997).
A
busca de uma base neurobiológica para a depressão tem recebido investimentos
crescentes em pesquisas nas últimas décadas, as dificuldades de avaliá-la, no
entanto são evidentes, quer pela complexidade, quer pela dificuldade de acesso
do sistema nervoso central (SNC) para medidas bioquímicas. (KAPCZINSKI; QUEVEDO;
IZQUIERDO, 2004. p. 265).
A
maioria dos casos de depressão acomete indivíduos entre 20 e 40 anos de idade, mas
é importante dizer que a doença pode se iniciar em qualquer faixa etária, da
infância à terceira idade, de acordo Dalgalarrondo (2008) a depressão se
caracteriza não apenas por sintomas afetivos mais por alterações instintivos,
neurovegetativos, ideativos, cognitivos relativos à autovaloração, á vontade e
á psicomotricidade, além dos sintomas psicóticos (deliriuns e alucinações) e
alterações psicomotoras .
Holmes
(1997) refere seis sintomas ou processos cognitivos principais que desempenham
papéis importantes para o diagnóstico da depressão, o primeiro é a auto-estima
muito baixa, os mesmos se acham inadequados, inferiores e ineptos, o segundo
sintoma cognitivo é o pessimismo, seguido do terceiro sintoma que é a falta de
motivação para executar tarefas.
O
quarto sintoma é a generalização de atitudes negativas, que acompanha o quinto
sintoma no qual o individuo tem um exagero na seriedade para resolução de
problemas podendo até ocorrer deliriuns ou aumento da realidade dos problemas.
Por fim sexto e último sintoma é o pensamento lento nas situações, pela falta
de motivação e energia mental.
Quando
as pessoas apresentam sofrimento ou necessidades emocionais não satisfeitas,
elas vivenciam um sofrimento global de infelicidade. À medida que a tensão
aumenta, a segurança e a sobrevida são ameaçadas, uma pessoa mentalmente
saudável aceita a realidade e apresenta uma sensação positiva sobre sí própria.
(BRUNER; SUDDARTH, 2005. p.105).
Segundo Figueró e Fráguas (2000), o diagnóstico de depressão não é facilmente descoberto
devido os sintomas da doença serem comuns as condições médicas e idênticos aos
sintomas de outras doenças, entre esses sintomas estão: diminuição do apetite, emagrecimento,
falta de energia, cansaço, alterações no sono, tristeza, desesperança, etc.
Quando
se tem realmente um diagnóstico de depressão o individuo deve ter a percepção
que a sua saúde mental está abalada e procurar ajuda, nos hospitais os
supervisores de enfermagem devem ter esse olhar crítico de enxergar os seus
funcionários não somente pelas suas habilidades profissionais, mais olhar os
mesmos como seres humanos que tem suas necessidades físicas e emocionais que se
não forem supridas provavelmente poderá desenvolver algum distúrbio mental, no
caso a depressão.